O grupo do Facebook "Mulheres Unidas Contra Bolsonaro" já reúne mais de 780 mil mulheres contrárias à candidatura do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência da República, que atualmente lidera todas as pesquisas de intenção de voto para o primeiro turno.
Feito por mulheres e com a participação apenas delas, o grupo foi criado há menos de duas semanas, mas explodiu em número de acessos nesta terça-feira (11).
Em mensagem publicada no meio da tarde, uma das administradoras afirma que, devido ao grande interesse hoje, o grupo precisou ser classificado como secreto para que as moderadoras deem conta das centenas de convites enviados para novas participantes.
"Breve abriremos o grupo de novo, ainda estamos aceitando as novas "membras", 10 mil por minuto, acreditem!!!", diz a participante — o R7 está tentando contato com a administradora.
O grupo admite apenas mulheres (cis ou trans) e permite somente publicações relacionadas ao candidato do PSL "destinado a união das mulheres de todo o Brasil (e as que moram fora do Brasil) contra o avanço e fortalecimento do machismo, misoginia e outros tipos de preconceitos representados pelo candidato Jair Bolsonaro e seus eleitores".
Segundo a descrição do grupo, "este cenário que em princípio nos atormenta pelas ameaças as nossas conquistas e direitos é uma grande oportunidade para nos reconhecer como mulheres".
Uma das participantes elogiou a criação do grupo: "É muito bom ter um grupo pra desabafar porque no meu face serei fuzilada se falar o que penso!", escreveu.
Eleitorado feminino
Apesar de ser o candidato mais bem colocado nas pesquisas de intenção de voto (22%), Bolsonaro é o candidato mais rejeitado (43%) entre os 13 postulantes ao Planalto. Sua rejeição é ainda maior entre as mulheres.
De acordo com a pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira (10), a primeira após o ataque a faca sofrido pelo candidato na semana passada, 49% das mulheres disseram que não votariam no candidato de jeito nenhum. O eleitorado feminino corresponde a 52% do total de votantes.
Entre os homens, a rejeição a Bolsonaro é menor, de 37%, mas ainda assim a maior entre todos os candidatos.
A pesquisa revela também que Bolsonaro é o único dos 13 candidatos que tem rejeição maior entre o público feminino do que entre o masculino. Os outros 12 candidatos são mais rejeitados por homens do que por mulheres.
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