A juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara Criminal Federal de Curitiba, autorizou o ex-presidente Luiz Inácio da Silva a sair temporariamente da Superintendência da PF (Polícia Federal) em Curitiba (PR), onde está preso, para ir ao velório e enterro do neto.
A informação foi publicada pela Folha de S. Paulo.
A medida atendeu ao artigo 120 da Lei de Execução Penal. O dispositivo estabelece que “os condenados que cumprem pena em regime fechado ou semiaberto e os presos provisórios poderão obter permissão para sair do estabelecimento, mediante escolta, quando ocorrer um dos seguintes fatos: falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão”.
O MPF (Ministério Público Federal) se disse favorável à liberação do ex-presidente para ir ao velório.
Neto de Lula, Arthur Lula da Silva, de 7 anos, morreu na manhã desta 6ª feira (1º.mar.2019), vítima de meningite meningocócica, em Santo André (SP). Ele deu entrada na mesma manhã no Hospital Bartira com febre alta. Não resistiu.
Sandro Luis Lula da Silva, filho do ex-presidente, e Marlene Araujo Lula da Silva são os pais da criança.
O velório será no Cemitério Jardim da Colina, em São Bernardo do Campo (SP). A cremação do corpo está prevista para as 12h deste sábado (2.mar.2019). O cemitério é o mesmo onde foi cremada a ex-primeira-dama Marisa Letícia, morta em fevereiro de 2017.
O ex-presidente está preso desde 7 de abril PF de Curitiba. Foi condenado a 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá (SP).
AVIÃO À DISPOSIÇÃO
Em nota, o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), informou que liberou avião do governo do Estado para deslocar o ex-presidente Lula até São Paulo.
A liberação atendeu a pedido da superintendência da Polícia Federal no Paraná.
“O apoio para o deslocamento permitirá que o ex-presidente participe do velório do neto Arthur Araújo Lula da Silva, que morreu nesta sexta-feira em Santo André, vítima de meningite”, diz a nota.
LULA NÃO FOI A VELÓRIO DE IRMÃO
Em janeiro, Lula também pediu para deixar a prisão para comparecer ao velório do irmão, Genival Inácio da Silva, conhecido como Vavá, que morreu em decorrência de câncer no pulmão. No entanto, o pedido foi negado pela juíza Carolina Lebbos.
A decisão foi confirmada pelo desembargador federal Leandro Paulsen, do TRF-4 (Tribunal Federal da 4ª região), mas o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Dias Toffoli, aceitou recurso da defesa e autorizou a saída de Lula.
Apesar da decisão, o ex-presidente não aceitou as condições estabelecidas por Toffoli, que determinava que o encontro com os parentes deveria ocorrer em 1 quartel das Forças Armadas. A liminar foi deferida quando o velório já tinha começado.
Comentários
Postar um comentário